Diversos ensaios clínicos mostram que o tratamento farmacológico é verdadeiramente eficaz no controlo da hipertensão e redução das suas complicações.
Embora os fármacos anti-hipertensores devam ser prescritos sem hesitação nos doentes com hipertensão moderada a grave (PAD >105 mmHg), já o mesmo não se passa nos casos com hipertensão arterial (HTA) ligeira.
Nestes doentes, deve-se sempre começar por fazer um período inicial de avaliação diagnóstica cuidadosa e iniciar-se um programa de medidas não farmacológicas. Verifica-se em muitos casos uma descida espontânea da pressão arterial, relacionada com a habituação do doente às manobras de medição e ao médico. A instituição de medidas não farmacológicas vai trazer só por si enormes benefícios ao doente, não só em termos de descida da tensão, como também de correcção de outros factores de risco cardiovascular: obesidade, hiperlipidémia, diabetes, tabagismo, sedentarismo, erros alimentares, alcoolismo, etc.